Luciana Rêgo

 

A depressão é uma condição médica muito comum e incapacitante. É considerada o “mal do século XXI” pela Organização Mundial de Saúde (OMS) devido ao grande impacto que essa doença promove na vida das pessoas e na sociedade. 

 

 

Depressão

 

Sumário:

 

  • Como saber se tenho depressão – sintomas?
  • O que causa depressão?
  • Como melhorar a depressão?
  • Depressão tem cura?
  • Como é o tratamento da depressão?
  • Antidepressivos, quais são os mais utilizados no tratamento?

 

O médico psiquiatra é um profissional importante para tratar depressão. A Dra. Luciana é médica de depressão. Uma estratégia importante para melhorar a depressão é realizar um acompanhamento médico regular.

Venha melhorar, resgate a sua autoestima, o seu ânimo e sua energia. Melhore os seus sintomas com uma médica especialista em transtornos do humor. 

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Como saber se tenho depressão – sintomas?

 

Quando falamos em humor estamos nos referindo a um estado, e não apenas a um momento. Por isso, quando avaliamos se uma pessoa está com o humor deprimido é fundamental saber há quanto tempo os sintomas depressivos estão acontecendo. 

De modo geral, utilizamos o DSM V (Manual Estatístico e Diagnóstico de Doenças Mentais – 5° edição) como norteador do diagnóstico. Este manual é importante, mas não é definidor de diagnóstico, pois existem detalhes que só na avaliação com o especialista é possível identificar. O transtorno depressivo maior é uma condição na qual o paciente apresenta pelo menos 5 de 9 critérios, por um período de 2 semanas ou mais. E pelo menos 1 dos critérios precisa ser: ou um humor deprimido e/ou perda do interesse ou prazer.

 

  1. Humor deprimido na maior parte do dia.
  2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia.
  3. Perda ou ganho significativo de peso.
  4. Insônia ou hipersonia.
  5. Agitação ou retardo psicomotor.
  6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
  7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva.
  8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão.
  9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.

 

É muito importante a avaliação com o especialista, inclusive para excluir outras condições médicas que podem estar associadas a humor deprimido, como exemplo hipotireoidismo e anemia. Avaliar os sintomas de depressão e o quanto isso interfere no cotidiano do paciente vai além de aplicação de escalas. Na grande maioria das vezes o paciente não chega relatando o que sente com base em critérios diagnósticos e é importante saber que depressão não é tristeza.

Muitas vezes a depressão é sentida pelo paciente como desesperança,  falta de perspectiva na vida, dificuldade para levantar da cama, perda de prazer, não ter energia para fazer nada pelo seu autocuidado – até mesmo tomar banho e escovar os dentes, incapacidade de ver brilho na vida, pensamentos mais negativos, vergonha e culpa, desespero, sentir-se sozinho mesmo quando rodeado de pessoas. 

Um bom diagnóstico é a base para um bom tratamento.

 

 

O que causa depressão?

 

A depressão é uma doença multifatorial, ou seja, vários fatores contribuem para o seu surgimento. Existem várias teorias que tentam explicar a depressão. Porém, desde a teoria mais antiga que sugere um desequilíbrio de neurotransmissores até as mais novas, com  o envolvimento neuroinflamatório, sabemos que nenhuma teoria isolada explica toda a diversidade de sintomas e de respostas aos tratamentos que observamos na prática clínica. 

Assim, é importante destacar que a depressão pode apresentar um componente genético e também outro fator importante é a influência de estressores ambientais, como perdas, traumas e estresse crônico.

 

 

Como melhorar a depressão?

 

Tendo em vista que muitos fatores contribuem para o surgimento da depressão, podemos entender que muitos fatores associados contribuem para a melhora de um episódio depressivo. 

Claro que a depressão é uma doença séria, que requer cuidados especializados, especialmente por ser uma condição que quando não bem tratada provoca muita incapacidade. O que gera prejuízos cognitivos, sociais, emocionais e financeiros para o paciente. É importante não subestimar os primeiros sinais de um episódio depressivo. Achar que vai melhorar sozinho ou que “o tempo é o melhor remédio” e que logo tudo isso vai passar, pode só piorar a evolução e atrasar o início de um tratamento adequado. 

Busque ajuda!

Depressão não é fraqueza, não é frescura, não é falta de fé. Depressão é uma condição médica. Depressão mata. Depressão tem tratamento. 

Dra. Luciana Rêgo é médica psiquiatra e já ajudou muitos pacientes no tratamento de depressão. 

 

 

Depressão

Depressão tem cura?

 

Uma pessoa pode “curar” de um episódio depressivo, porém as chances de apresentar um segundo episódio ao longo da vida passa a ser de 50%. Assim, existem pessoas que vão apresentar 1 episódio depressivo e não apresentarão outros episódios ao longo da vida. Porém, pessoas que apresentam dois episódios depressivos já aumentam em mais de 80% a chance de ter outros episódios ao longo da vida, apresentando um quadro de depressão recorrente. Por isso é muito importante no tratamento do paciente a gente estabelecer juntos um plano para prevenir recaídas, ou seja, prevenir o surgimento de novos sintomas depressivos. 

Além disso, as chances do  paciente melhorar de uma depressão leve é maior do que o paciente que apresenta um quadro moderado a grave. 

A cura é um conceito amplo, mas o que pretendemos ao tratar a depressão é promover um estado de bem estar para o nosso paciente, resgatar seu ânimo, sua disposição e fazê-lo enxergar a vida com brilho novamente. De modo técnico, é o que chamamos de remissão completa dos sintomas. 

 

 

Como é o tratamento da depressão?

 

O tratamento da depressão combina terapia e medicação. Mas, além dessas ferramentas sabemos que muitos outros fatores, especialmente relacionados ao estilo de vida podem contribuir para o tratamento da depressão. Nutrição adequada, atividade física regular, socialização, musicoterapia entre outras ferramentas ajudam a melhorar os sintomas e prevenir piora do quadro. Mas, até a indicação dessas ferramentas precisam estar alinhadas à fase que o paciente se encontra e o que faz sentido para ele. Certamente, para um paciente que está deprimido, sem energia, que não encontra prazer em nada, é muito difícil estimulá-lo na realização de atividade física, por exemplo.

 

 

Antidepressivos, quais são os mais utilizados no tratamento?

 

depressão antidepressivos

 

Existem várias classes de antidepressivos que podem ser utilizados. De modo geral, elas apresentam eficácia semelhante. O que varia muito é a capacidade do paciente tolerar os perfil de efeitos colaterais de cada medicação. Além disso, a depender dos sintomas que o paciente apresenta, existem medicações com um perfil de atuação mais adequado. Exemplo, pacientes que estão com sintomas de prejuízo no autocuidado (sem energia para tomar banho), sem vontade de realizar as suas atividades diárias, medicações que apresentem um perfil mais ativador pode ser uma melhor escolha. 

O tempo de tratamento depende para cada paciente, mas a princípio para o primeiro episódio depressivo temos 3 fases importantes: a fase de introdução da medicação até atingir a dose terapêutica, a fase de manutenção e a fase de desmame ou retirada da medicação. Cada fase precisa ser acompanhada pelo especialista, pois caso o paciente suspenda a medicação antes do tempo adequado os sintomas podem reaparecer, inclusive com piora da intensidade.

 

 

As principais classes de antidepressivos são:

 

  • Antidepressivos tricíclicos;
  • Inibidores da Monoaminoxidase (IMAOs);
  • Antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS);
  • Antidepressivos Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN);
  • Antagonistas alfa adrenérgicos;
  • Multimodais;
  • Outros

 

Além disso, existem outras medicações que podemos associar aos antidepressivos, para potencializar seu efeito. Ou podemos indicar outras ferramentas, como estimulação magnética transcraniana (EMT), eletroconvulsoterapia (ECT), a depender do caso. 

Diante dessa gama de opções, reforçamos a necessidade de buscar um tratamento adequado e individualizado.

Busque ajuda! Não esqueça, depressão tem tratamento!

 

 

Dra. Luciana Rêgo

Médica Psiquiatra

CRM-SP: 212125

RQE: 114648

 

Leia também: https://dralucianarego.com.br/psiquiatra-medico-de-loucos/

 

Fonte: https://www.health.harvard.edu/mind-and-mood/what-causes-depression

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